quinta-feira, 31 de março de 2011

Tristeza - Qual é o significado da tristeza e como lidar com ela?


Extraido do FB de Luciane.
Na tristeza ficamos tristes.
Quando perdemos alguém.
...Quando perdemos.
Quando as coisas não são como queríamos que fossem.
Quando as pessoas não são como queríamos que fossem.
Quando o mundo e a realidade não são o que queríamos que fossem.
Quando não somos o que gostaríamos de ser.
Quando não temos o que gostaríamos de ter.
Porém,
se nos lembrarmos
que as coisas são como são
que as pessos são como são
que nós, o mundo e a relidade são o que são
e que podemos apreciar o que temos invés de lamentar o que não temos,
começamos a entrar no mundo da não dualidade.
Se houver sabedoria e compaixão perceberemos que a tristeza, mesmo profunda, é passageira.
Perceberemos que se as coisas, as pessoas, o mundo, a realidade e nós mesmos estamos num processo contínuo de transformação
Então poderemos pensar em nos tornarmos essa transformação que queremos no mundo.
Para que haja menos tristeza, mais alegria, mais compartilhamento e harmonia.

O contentamento com a existência é um dos ensinamentos principais de Buda:

"a pessoa que conhece o contentamento é feliz, mesmo dormindo no chão duro; a pessoa que não conhece o contentamento é infeliz mesmo num palácio celestial."

Então, quando sentimos tristeza, observamos a tristeza.
Como está nossa respiração? Como estão os batimentos cardíacos? Como está a nossa postura? Que pensamentos são esses que me fazem deixar os ombros cair para frente, baixar a cabeça e, quem sabe, chorar?
Como se formam as lágrimas?
E, mesmo em meio a lágrimas, podemos sorrir e perceber que enquanto vivas criaturas temos esta experiência extraordinária e bela de poder ficar triste.
Tristeza que vem.
Tristeza que vai.
E sem se apegar a coisa alguma e sem sentir aversão a coisa alguma descobrimos o verdadeiro sentido da vida.
É assim que trabalhamos a tristeza.
Zazen - sentar-se em zen e observar a si mesma.
Postura correta, alongamento da coluna vertebral, abrir o diafragma e respirar profundamente. Inspiração mais curta, expiração mais longa. Saboreando o ar. Ombros alinhados e retos, postura de Buda.
Ensinamentos de sabedoria nos auxiliam a sair da toca, do casulo de separatividade que falsamente criamos e de nos lembrarmos que sempre há pessoas e situações piores do que a nossa, sempre há pessoas e situações melhores do que a nossa e nunca, nunca, perder a dignidade.
Tristeza boa é da saudade de alguém que logo poderemos rever.
Tristeza ruim é aquela que náo queremos deixar passar. Aquela na qual nos agarramos, pois nos dá uma identidade, nos torna especiais. Especialmente tristes. Comoventes, Vítimas a serem apiedadas e cuidadas. Ah! Quanta carência.
Abandonar a tristeza é abrir as mãos, o coração, a mente para a emoção seguinte.
É lavar o rosto, olhar para a imensidão do céu, da Terra, do mar e perceber a pequenês da nossa vida.
Sem culpa e sem culpar ninguém.
Sinta a tristeza, reconheça, respire a tristeza e a deixe passar.

Mãos em prece
(Monja Coen)

segunda-feira, 28 de março de 2011

Ninguém muda ninguém

Aprendendo a lidar com as diferenças.
Por Evaldo Ribeiro

Talvez o seu maior incômodo na sua convivência diária com as diferenças seja adaptar-se ao comportamento imprevisível das pessoas que apresentam uma constante alteração de humor. As emoções dessas pessoas se movimentam como uma roda gigante que uma hora está lá em cima e, de repente, já está lá em baixo. Pessoas assim, quando estão de alto astral, chegam sorridentes em casa ou no trabalho, e falam com todo mundo esbanjando simpatia e atenção.

Mas, quando a roda do equilíbrio gira e o astral desce, elas chegam aos mesmos ambientes onde sempre cobriram as outras pessoas de afeto e simplesmente passam caladas, em passos rápidos e de cabeça baixa, para não serem vistas e, muito menos, abordadas; assim, não têm de explicar a sua mudança de humor repentina que agora lhe consome o autocontrole. Trancam-se em seu mundo íntimo conflituoso e não querem manter contato com ninguém enquanto não vencerem a guerra contra os seus próprios sentimentos, que os atacam silenciosamente como inimigos íntimos, oprimindo-os.

Aliás, nessas horas de recaídas emocionais, o que elas mais precisam é desse distanciamento, para poder reencontrar a harmonia interior e prosseguir em sua caminhada evolutiva. Poucas pessoas de seu convívio entendem que é assim que elas funcionam, e são raras aquelas que respeitam esses momentos tão difíceis de quem passa por esses altos e baixos emocionais.

As pessoas que estão acostumadas a viver demonstrando aquela alegria de fachada, que na verdade não passa de uma felicidade dos dentes pra fora, não suportam ter que engolir esse silêncio deixado por quem muda de humor sem motivo aparente. Porque, para elas, ser ignoradas dói mais do que ouvir ofensas em praça pública.

No entanto, antes de você emplacar alguém nessas condições com rótulos negativos do tipo "essa pessoa é uma desequilibrada, mal-educada e neurótica", e demais carimbos pejorativos que colocam tantas pessoas em situações de exclusão social, repense o seu comportamento e tente não ser mais um peso sobrecarregando o fardo que elas já carregam intimamente.

Se você não puder fazer nada para ajudar alguém a sair do buraco, pelo menos tente não exaltar mais um ponto fraco. Evite fortalecer na mente de uma pessoa um conceito negativo, para que essa crença destruidora não continue colocando-a abaixo de suas potencialidades. Procure não ficar só criticando, porque, dependendo das palavras que você usa, em vez de construir, você pode acabar abrindo um abismo no íntimo da pessoa.

Para quem está fora de uma situação, é muito fácil bancar o comentarista, que fica trancado no conforto de uma cabine só apontando os erros de quem está em campo enfrentando as barreiras colocadas pelos adversários.

O difícil mesmo é entrar no jogo e apresentar o resultado que a torcida espera de você e, ainda, marcar o coração das pessoas com jogadas íntegras. Teste a sua luz e se coloque no lugar dessa pessoa que você tanto critica, ou, pelo menos, tente se imaginar na pele dela por alguns instantes. Só assim você verá o quanto é sufocante a vida de quem herdou essa sensibilidade.

Editora Vida & Consciência

quarta-feira, 23 de março de 2011

EU MAIOR - entrevista com Professor Hermógenes



(Não pode ser feliz aquele q está se sentindo muito bem, mas começa a ter medo de perder o "objeto" que está lhe fazendo tanto bem. Prof Herm)
"Entrego, Confio, Aceito e Agradeço".

terça-feira, 22 de março de 2011

Amadurecimento do karma


Só há uma reação adequada para a pessoa que presencia o sofrimento de outra: “Como posso ajudar?”. Quando o karma começa a amadurecer, provocando sofrimento, a reação jamais deve ser: “Esse é o seu karma. É seu destino, então não posso ajudar”. Seu próprio karma pode muito bem se apresentar como uma oportunidade de ajudar uma pessoa sofrendo. Não compreender as ações e suas consequências pode ser desastroso.

À partir da perspectiva budista, o tipo de acontecimentos que encontramos — felicidade ou tristeza — não se deve a alguém fazendo algo a nós. Se ganho na loteria, não é porque o Buda escolheu me premiar. Nenhum deus ou buda é responsável pelo que nos acontece. [..]

Isso não significa que uma pessoa sofrendo seja mais degenerada moralmente do que alguém que sofre as consequências por comer comida envenenada. O sofrimento que vivenciamos se deve ao karma acumulado sob a influência da ilusão e das aflições mentais. Isso vale para todos os seres sencientes.

A resposta budista para as não-virtudes que todos cometemos enquanto estamos amarrados à roda do samsara pode ser inspiradora e encorojadora. O ensinamento budista diz que é possível neturalizar as sementes de karma negativo embutidas no fluxo da consciência. Ações não podem ser desfeitas, mas é possível purificar o fluxo mental para que o impacto das sementes kármicas seja anulado.

O método usado para purificar o fluxo mental são os “quatro poderes de remediação” [arrependimento, confiança, determinação e purificação]. A metáfora para a eficácia dos quatro poderes é a de queimar a semente. O karma, como uma semente, pode ser queimado no fogo da purificação para que não brote. A semente não vai desaparecer, mas não irá dar fruto.

B. Alan Wallace (EUA, 1950 ~)
“The Seven-Point Mind Training”
(Dharma Quote of The Week – Snow Lion, 30/09/10)

Por Samsara

quinta-feira, 17 de março de 2011

O brilho nos olhos de cada ser

A religião quer explicar o mistério do nosso nascimento neste mundo; a meditação e a prece procuram nos abrir para ele. A sabedoria celebra esse mistério e a compaixão ama isso tudo — o brilho nos olhos de cada ser.

Jack Kornfield (EUA, 1945 ~)
“Depois do êxtase, lave a roupa suja”, parte 4 | 17

Samsara

segunda-feira, 14 de março de 2011

Bens e Males

Quase sempre, na Terra, muitos bens são caminhos a muitos males e muitos males são caminhos a muitos bens.
Por isso, muitas vezes, quem vive bem à frente dos preceitos humanos, pode estar mal ante as Leis Divinas.

A dor, sendo um mal, é sempre um bem, se sabemos bem sofrê-la, enquanto que o prazer, sendo um bem, é sempre um mal se mal sabemos fruí-lo.
Em razão disso, há muitas situações, nas quais o bem de hoje é o mal de amanhã, ao passo que o mal de agora é o bem que virá depois.

Muita gente persegue o bem, fugindo ao bem verdadeiro e encontra o mal com que não contava e muita gente se desespera, a fim de desvencilhar-se do mal que não consegue entender e acaba encontrando o bem por surpresa divina.

Há quem se ria no gozo dos bens do mundo para chorar nos males da Terra para colher os bens da Esfera Superior.

Não procures unicamente estar bem, porquanto no bem apenas nosso talvez se ache oculto o mal que flagela os outros por nossa causa e o mal que flagela os outros por nossa causa é mal vivo em nós mesmos, a roubar-nos o bem que furtamos do próximo..

Se desejas entesourar na estrada o em dos mensageiros do bem, atende, antes de tudo, ao bem dos semelhantes, sem cogitar do bem que se te faça posse exclusiva.
Recordemos o Cristo que, aparentemente escravo ao mal do mundo, era o Senhor do Bem, a dominar, soberano, acima das circunstâncias terrestres, e, tentando seguir-Lhe o passo, aceitemos com valor, no mal da própria cruz, o roteiro do bem para a Grande Vida.

Obra: Passos da Vida - Chico Xavier / Scheilla

sexta-feira, 4 de março de 2011

Não disseram


Fizeram a gente acreditar que amor mesmo, amor pra valer, só acontece uma vez, geralmente antes dos 30 anos. Não contaram pra nós que amor não é acionado, nem chega com hora marcada. Fizeram a gente acreditar que cada um de nós é a metade de uma laranja, e que a vida só ganha sentido quando encontramos a outra metade. Não contaram que já nascemos inteiros, que ninguém em nossa vida merece carregar nas costas a responsabilidade de completar o que nos falta: a gente cresce através da gente mesmo. Se estivermos em boa companhia, é só mais agradável. Fizeram a gente acreditar numa fórmula chamada "dois em um": duas pessoas pensando igual, agindo igual, que era isso que funcionava. Não nos contaram que isso tem nome: anulação. Que só sendo indivíduos com personalidade própria é que poderemos ter uma relação saudável. Fizeram a gente acreditar que casamento é obrigatório e que desejos fora de hora devem ser reprimidos. Fizeram a gente acreditar que os bonitos e magros são mais amados, que os que transam pouco são confiáveis, e que sempre haverá um chinelo velho para um pé torto. Só não disseram que existe muito mais cabeça torta do que pé torto. Fizeram a gente acreditar que só há uma fórmula de ser feliz, a mesma para todos, e os que escapam dela estão condenados à marginalidade. Não nos contaram que estas fórmulas dão errado, frustram as pessoas, são alienantes, e que podemos tentar outras alternativas. Ah, também não contaram que ninguém vai contar isso tudo pra gente. Cada um vai ter que descobrir sozinho. E aí, quando você estiver muito apaixonado por você mesmo, vai poder ser muito feliz e se apaixonar por alguém.
(Jhon Lennon)

terça-feira, 1 de março de 2011

Eles viverão



A Espiritualidade Superior ensina que os planetas funcionam como educandários.

Os Espíritos neles encarnam para ter as experiências evolutivas de que necessitam.

A Terra por ora serve de morada e escola para Espíritos de reduzida evolução.

Embora, em geral, não falte inteligência aos habitantes do orbe, eles ainda vacilam no quesito da moralidade.

Têm facilidades de raciocínio, mas possuem dificuldades nos planos do sentimento, da conduta.

Certamente incontáveis se esforçam para viver com dignidade e o conseguem.

Entretanto, ainda é comum o triste espetáculo da leviandade, da corrupção e da crueldade.

Em um mundo imperfeito, a impunidade dos espertos e dos poderosos costuma ser frequente.

Não raro, esse panorama de vício aparentemente vitorioso causa indignação.

Muitos desanimam quando se deparam com certas cenas.

Pode ser o político corrupto que segue livre, mediante a adoção de estratagemas legais.

Ou quem, para enriquecer, não se incomoda de destruir o meio ambiente.

Talvez seja quem abusa da inocência ou oprime os fracos.

Ou então quem vence demandas na justiça contando com testemunhos falsos.

Não faltam exemplos de maldade vitoriosa, ao menos na aparência.

Seguramente, todos devem agir, no limite de suas forças, para que o bem se instale no mundo.

Mas, quando o mal parece vencer, não há razão para raiva ou desânimo.

Não há necessidade de desejar o mal para os que semeiam a desgraça nos caminhos alheios.

Para manter o coração em paz, basta refletir que eles viverão.

Sim, a morte não existe e todos seguirão vivos para sempre.

A vida dispõe de recursos para produzir arrependimento nos que se fizeram culpados.

Cedo ou tarde, chega o momento de rever a própria conduta e de enfrentar as consequências do que se fez.

Tal pode se dar na mesma encarnação, mediante importantes decepções, ignoradas da coletividade.

Ou no plano espiritual, onde não há disfarces possíveis quanto à própria realidade íntima.

Ou mesmo em outras existências, nas quais se experimentem as dores que se semeou na vida do próximo.

A vida constitui o melhor remédio para qualquer gênero de decadência.

Todos viverão para sempre e cada qual será feliz ou desgraçado, conforme as opções que fez.

A cada um segundo suas obras, como bem disse Jesus.

Assim, não convém praguejar contra quem fere, rouba, ilude ou mata.

Basta saber que os corruptos, os mentirosos e os defraudadores da paz alheia também viverão.

A cada homem incumbe o dever de ser digno e solidário, de esclarecer, amparar e socorrer.

Os desvios incontornáveis, segundo a ótica humana, ficam por conta da Lei Divina, sempre perfeita e atuante.

Pense nisso.

Redação do Momento Espírita.

Em 23.02.2011.

Cumplicidade: O segredo


A cumplicidade é essencial em um relacionamento (qualquer relacionamento).
Mas o que é cumplicidade? É compartilhar de si? Quanto?

Ser cúmplice não significa fundir-se ao outro, pois, cada ser é único e exclusivo, precisamos ter a nossa individualidade, o nosso espaço. Não podemos depender do outro, das suas idéias e de seus ideais, compartilhar das mesmas sim, porém, sem que isso seja uma imposição ou obrigação.
Cumplicidade é uma TROCA e não única e exclusivamente uma DOAÇÃO.

“Para ser cúmplice de alguém é preciso, antes, ser cúmplice de si mesmo e se conhecer. Só quem se conhece e aprende a lidar com próprios medos e fragilidades, sem esperar do outro a solução dos seus problemas, pode estabelecer um relacionamento bem sucedido.”


Se você quer discutir, questionar, debater sobre o tema "cumplicidade", nos diversos aspectos que a palavra nos proporciona, venha, faça parte e compartilhe sua opinião.

SOMOS TODOS CÚMPLICES DE ALGO OU ALGUÉM, SEMPRE.