segunda-feira, 20 de março de 2017

Justiça Divina III



Quando uma mulher flagrada em adultério, os doutores da Lei, encarregados da execução da Lei Mosaica em Israel, perguntam a Jesus:
Moisés nos determina apedrejá-la e vós, o que dizeis?
Jesus então pronuncia a celebre frase que mudará para sempre a concepção de Justiça Humana. Aquele que estiver sem pecados atire a primeira pedra, aquele que se considera puro que execute.
Ninguém teve coragem de fingir-se juto. E diz o evangelista João: E começaram a sair do ambiente, primeiro os mais velhos até os mais novos.
Mostrando para os leitores do presente e do futuro que ninguém se sentiu puro o suficiente para apedrejar.
Julgar nosso semelhante pela conduta que tem e fazer mal, falar mal e agir mal com essa pessoa vai de contra ao primeiro mandamento: Amarás o senhor teu Deus de todo teu coração, de toda a sua alma e com todas as tuas forças.
Como pode amar a Deus e fazer mal a sua obra (que somos nós: humanos, animais o planeta), como pode conciliar amor a Deus com crueldade? Não tem como!
Portanto vamos fazer o mais simples nos vigiar (ao invés de cuidar da vida do outro), vigiar nossa língua, nossos pensamentos e atos, ninguém se purifica de um dia para o outro, é um exercício que exige muito treinamento (paulatinamente), observa se está com pensamento negativo e procure mudar, está falando de uma pessoa (negativamente) se repreenda e mude.
Não é fácil, mas ninguém disse que seria, tudo que é para o bem, tudo que é para valer a pena exige temo e treinamento.
Portanto vamos fazer o que nos cabe fazer por que foi para isso que viemos ao mudo, nos aperfeiçoar e ajudar o próximo que independente de ser alguém que gostamos ou não é nosso irmão, filho do mesmo pai (Deus).

quarta-feira, 15 de março de 2017

Uma realeza terrestre


Grande aprendizado com esse texto do livro evangelho segundo o espiritismo, vale muuuito a pena ler:

Quem melhor do que eu pode compreender a verdade destas palavras de nosso Senhor: “O meu reino não é deste mundo”? O orgulho me perdeu na Terra. Quem, pois, compreenderia o nenhum valor dos reinos da Terra, se eu o não compreendia? Que trouxe eu comigo da minha realeza terrena? Nada, absolutamente nada. E, como que para tornar mais terrível a lição, ela nem sequer me acompanhou até o túmulo! Rainha entre os homens, como rainha julguei que penetrasse no Reino dos Céus! Que desilusão! Que humilhação, quando, em vez de ser recebida aqui qual soberana, vi acima de mim, mas muito acima, homens que eu julgava insignificantes e aos quais desprezava, por não terem sangue nobre! Oh! como então compreendi a esterilidade das honras e grandezas que com tanta avidez se requestam na Terra! Para se granjear um lugar neste reino, são necessárias a abnegação, a humildade, a caridade em toda a sua celeste prática, a benevolência para com todos. Não se vos pergunta o que fostes, nem que posição ocupastes, mas que bem fizestes, quantas lágrimas enxugastes.
Ó Jesus, Tu o disseste, teu reino não é deste mundo, porque é preciso sofrer para chegar ao céu, de onde os degraus de um trono a ninguém aproximam.
A ele só conduzem as veredas mais penosas da vida. Procurai-lhe, pois, o caminho, através das urzes e dos espinhos, não por entre as flores.
Correm os homens por alcançar os bens terrestres, como se os houvessem de guardar para sempre. Aqui, porém, todas as ilusões se somem.
Cedo se apercebem eles de que apenas apanharam uma sombra e desprezaram os únicos bens reais e duradouros, os únicos que lhes aproveitam na morada celeste, os únicos que lhes podem facultar acesso a esta.
Compadecei-vos dos que não ganharam o Reino dos Céus; ajudai-os com as vossas preces, porquanto a prece aproxima do Altíssimo o homem; é o traço de união entre o céu e a Terra: não o esqueçais. – Uma Rainha de França. (Havre, 1863.) Capitulo II do Evangelho Segundo o Espiritismo.