quinta-feira, 27 de maio de 2010

Hoje !

Hoje levantei cedo pensando no que tenho a fazer antes que o relógio marque meia-noite.

É minha função escolher que tipo de dia vou ter hoje.

Posso reclamar porque está chovendo
ou agradecer às águas por lavarem a poluição;

Posso ficar triste por não ter dinheiro
ou me sentir encorajado para administrar minhas finanças, evitando o desperdício;

Posso reclamar sobre minha saúde
ou dar graças por estar vivo;

Posso me queixar dos meus pais por não terem me dado tudo o que eu queria
ou posso ser grato por ter nascido;

Posso reclamar por ter que ir trabalhar
ou agradecer por ter trabalho;

Posso sentir tédio com o trabalho doméstico
ou agradecer a Deus por ter um lar;

Posso lamentar decepções com amigos
ou me entusiasmar com a possibilidade de fazer novas amizades.

Mas… se as coisas não saíram como planejei
posso ficar feliz por ter hoje para recomeçar.

O dia está na minha frente esperando para ser o que eu quiser.
E aqui estou eu, o escultor que pode dar forma.

Tudo depende de mim.

(Charles Chaplin)

Cada dia uma página virada em nossas vidas, um novo dia: é um novo começo.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Cada dia...

'A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca, e que, esquivando-se do sofrimento, perdemos também a
felicidade'.

Carlos Drummond de Andrade

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Samsara

Este corpo humano é um veículo raro

Chagdud Tulku Rinpoche

Algumas vezes as pessoas deixam de se dar conta da oportunidade incomparável que têm porque suas vidas são decepcionantes ou muito exigentes, e elas perdem interesse em fazer uso de suas capacidades humanas. Isso é um grave erro. As oportunidades que este corpo oferece, neste exato momento, são grandes demais para que as deixemos passar por causa de decepções ou dificuldades.

É como se você tivesse tomado emprestada uma canoa para cruzar um rio e, em vez de usá-la de imediato, demorasse, esquecendo que ela não era sua e havia sido apenas sido cedida a você. Se você não aproveitar enquanto a tem, nunca irá atravessar o rio, pois, mais cedo ou mais tarde, a canoa emprestada será tomada de volta e a oportunidade, perdida.

Este corpo humano é um veículo raro, e nós precisamos usá-lo bem, sem demora. A finalidade mais elevada de um nascimento humano precioso é o progresso espiritual. Se não formos capazes de cobrir grandes distâncias, pelo menos podemos fazer algum avanço; ou ainda melhor, podemos ajudar os outros a progredir. No mínimo dos mínimos, não devemos fazer os outros sofrer.

por: Samsara

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Amor ou Renúncia




A conversa informal, durante o café da manhã, foi mais uma oportunidade de aprendizado para os que ouviam aquela senhora de semblante calmo e cabelos embranquecidos pelas muitas primaveras já vividas.

Ela pôs o café e o leite na xícara e alguém lhe ofereceu açúcar. Mas a senhora agradeceu dizendo que não fazia uso de açúcar. Alguém alcançou rapidamente o adoçante, por pensar que deveria estar cumprindo alguma dieta.

Ela agradeceu novamente, dizendo que tomava apenas café com leite, sem açúcar, nem adoçante dietético.

Sua atitude causou admiração, pois raras pessoas dispensam o açúcar. Então ela contou a sua história.

Disse que, logo depois que se casara, havia deixado de usar açúcar. Imediatamente imaginamos que deveria ser para acompanhar o marido que, por certo, não gostava de doce.

Contudo, aquela senhora, que agora lembrava com carinho do marido já falecido há alguns anos, esclareceu que o motivo era outro.

Falou de como o seu jovem esposo gostava de açúcar, e falou também da escassez do produto, durante a Segunda Guerra Mundial.

Disse que, por causa do racionamento, conseguiam apenas alguns quilos por mês e que mal davam para seu companheiro.

Ela, que o amava muito, renunciou ao açúcar para que seu bem amado não ficasse sem.

Declarou que depois que a guerra acabou e a situação se normalizou, já não fazia mais questão de adoçar seu café e que havia perdido completamente o hábito do doce.

Hoje em dia, talvez uma atitude dessas cause espanto naqueles que não conseguem analisar o valor e a grandeza de uma renúncia desse porte.

Somente quem ama, verdadeiramente, é capaz de um gesto nobre em favor da pessoa amada.

Nos dias atuais, em que os casais se separam por questões tão insignificantes, vale a pena lembrar as heroínas e os heróis anônimos que renunciaram ou renunciam a tantas coisas para fazer a felicidade do companheiro ou da companheira.

Nesses dias em que raros cônjuges abrem mão de uma simples opinião em prol da harmonia do lar, vale lembrar que a vida a dois deve ser um exercício constante de renúncia e abnegação.

Não estamos falando de anulação nem de subserviência, de um ou de outro, mas, simplesmente, da necessidade de relevar ou tolerar os defeitos um do outro.

Não é preciso chegar ao ponto de abrir mão de algo que se goste, por mero capricho ou exigência do cônjuge, mas se pudermos renunciar a algo para que nosso amor seja feliz, essa será uma atitude de grande nobreza de nossa parte.

Afinal de contas, o verdadeiro amor é feito de renúncia e abnegação, senão não é amor, é egoísmo.

Se entre aqueles que optaram por dividir o lar, o leito e o carinho a dois, não existir tolerância, de quem podemos esperar tal virtude?

Se você ainda não havia pensado nisso, pense agora.

Pense que, quando se opta por viver as experiências do casamento, decide-se por compartilhar uma vida a dois e isso quer dizer, muitas vezes, abrir mão de alguns caprichos em prol da harmonia do lar.

Se você só se deu conta disso depois que já havia se casado, lembre-se de que a convivência é uma arte e um desafio que merece ser vivido com toda dedicação e carinho. Quando aprendermos a viver em harmonia dentro do lar, estaremos preparados para viver bem em qualquer sociedade.

* * *

O matrimônio é uma sociedade de ajuda mútua, cujos bens são os filhos – Espíritos com os quais nos encontramos vinculados pelos processos e necessidades da evolução.

Redação do Momento Espírita, com pensamento final do verbete Matrimônio,
do livro Repositório de sabedoria, v.II, pelo Espírito Joanna de Ângelis,
psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal.
Em 26.12.2008.
Disponível no CD Momento Espírita,
v. 5 e no livro Momento Espírita, v. 1, ed. Fep.

http://www.momento.com.br/exibe_texto.php?id=1854