domingo, 20 de junho de 2010

Reflexão

E existe lá, mesmo essa coisa de ser uma pessoa forte? A gente aprende a lidar com as coisas na nossa vida exatamente no momento em que dá de cara com elas. Não é não?
As pessoas constroem imagens de fortaleza da gente, mas ninguém é fortaleza. Mesmo a mulher que eu mais admiro no planeta inteiro (minha vó) tem seus instantes em que, a despeito de toda a sua força, resolução e cárater, se quebra, se fragiliza.... todo mundo em algum instante da vida se fragiliza..... E qual o problema da fragilidade? Em homens ou mulheres, a fragilidade deve ser aceita como parte das nossas instâncias de vida. Nossa cultura ocidental, fundada sobre a conquista e sobre a guerra, não aceita fragilidade como uma coisa diferente da fraqueza. E é construída assim uma geração que se esconde atrás de máscaras de superioridade apesar de toda a profundidade do vazio que elas possuem..... um paradoxo? Se vc parar pra pensar nem é tanto. Na nossa cultura, ser frágil é construído como ser fraco. Deixar passar é visto como ser otário. Perder é visto não como um sinal de sabedoria pela tentativa, mas como sinal de desespero pela reprovação de uma sociedade. Envelhecer faz bem pra gente porque a gente vai aprendendo que.... o mundo não é inteiro de nossa responsabilidade, e achar que podemos controlá-lo a nosso gosto faz parte de uma imensa presunção. Ser frágil e se aceitar frágil faz parte de crescer na vida. Faz parte do mistério que é aceitar que existem imponderáveis, bons e ruins, que muitas vezes nos levam sem que tenhamos qualquer domínio sobre eles.... e isso pode ser mágico ou catastrófico. Não há como saber.
Escrevo este texto hoje só pra dizer que meu blog não sou eu.

Sabe aquela frase que atribuem sei lá a quem sobre não ser importante na verdade o que te acontece, mas o que vc faz com o que te acontece? Acho que é bem por aí. É deixar a dor doer, no tempo certo dela, ela vai embora. O planeta gira, e o universo se movimenta. Mas é importante não cultivar rituais de sofrimento e não aumentar o que não precisar ser aumentado. Sei que pareço um disco furado, mas repito sempre pra mim:

A Vida é só essa mesmo.
E é pra se ter alegria.

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